5 Vezes que o rap brasileiro se conectou com o rap lusofônico


Em diversas ocasiões o rap brasileiro se uniu com a música do outro lado do Atlântico, seja com Portugal ou com os irmãos do continente africano. Aqui listamos cinco vezes em que esse encontro ocorreu. Se Liga:


Quando o Inquérito lançou seu álbum Tungstênio, em 2018, Renan rimou junto da rapper portuguesa Myanda Guevara, representante do crioulo, e do angolano MCK, na faixa “Perfume da Colônia”. A música teve produção de DJ Duh e contou com Marcelo Cruz no baixo, e o trompete de Manchuria Heredia, da Skafrandos Orkestra:

O rapper Siloque, do interior de São Paulo, se conectou com Rei Bravo, rapper de Moçambique para a faixa "Cheios de Nada", o encontro se deu através de um amigo em comum, o Buda, que mostrou o trabalho do brasileiro ao artista africano. Sobre essa participação Siloque já comentou no Submundo do Som:  “E o resultado, é um dos melhores raps que já participei, modéstia à parte. Rei Bravo é um mano humilde, sangue bom e dono de uma voz belíssima, e manda melódicos de deixar qualquer um boquiaberto (Só ouvir esse som e entender o que estou querendo dizer)”. 



O rapper RAPadura, em seu EP Amor Popular, de 2008, trás o MC Chininha, de Portugal, para a canção “Além das Águas do Atlântico”. O MC cearense se destacou no Brasil por misturar o Hip Hop com ritmos regionais do nordeste brasileiro como o baião e o forró e agora cruza o oceano para fazer conexão com o rap português.


Do Sul do Brasil, mais precisamente do Rio Grande do Sul, Di MC lançou em 2021 a música “All Days”, e faz conexão com o continente africano trazendo a participação do artista moçambicano Elton Whizzey. A música fala sobre as dificuldades e os aprendizados, a produção é do Zona Franca Studio, a arte da capa é de Luis Rogério Lopes e o lyric video foi feito pela Lyric Way.


O carioca e velha guarda MV Bill reuniu em “Uma Só Voz” o rap de Brasil e Angola ao fazer parceria com o rapper NGA. O trabalho saiu em 2017 no álbum Coligações Expressivas 4, do produtor e DJ Caique, e também conta com participação da bravíssima Kamila CDD. A canção fala das conexões culturais entre os dois países e a importância de uniões entre os dois continentes.


Como bônus, é preciso falar do álbum Língua Franca, de 2017. Nesse projeto, os brasileiros Emicida e Rael se unem aos portugueses Valete e Capicua em um disco de dez faixas lançado pela Sony e Laboratório Fantasma, contando com produções de Fred, Kassin e Nave. O intuito do álbum foi de fazer o intercâmbio cultural e diminuir as distâncias também artísticas entre Brasil e Portugal.

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